domingo, 17 de maio de 2009

Amizade em Deus



Poderia ser um nome, um botão de rosa,
poderiam ser apenas palavras,
um toque, um sorriso,um beijo de amor,
sem a mácula do desejo carnal,
que se torna denso quando se restringe apenas,
a essa parte material que nos reveste
e nos diminue o estado de ser amor.
Poderia ser um abraço entrelaçado
comungado na óstia da aceitação.

Poderia ser o barulho do vento,
a espuma das ondas que renovam o espírito,
poderia ser uma carta de amor...
Estas palavras estão grávidas da beatitude
que é uma criança a nascer.

O indigo espreita em cada parto de amor
que a Terra ardentemente precisa
para que se respire a Natureza em flor.
As vibrações elevam-se e os corpos se
adaptam a este ritmo frenético do ter para ser.

Quando se adivinha no outro
a mesma vibração amorosa
o alem mar é aqui e lá, é um só...
Então as palavras espalham
a energia maior que o ser interior conhece
e os silêncios se fazem, não há ruído
do tempo e do espaço, não há expectativa,
nem desejo, há um vazio que nos transcende
e que nos liberta do corpo.

Apetece dizer apenas que a amizade em Deus
se faz aqui e agora e quando dois respiram
a mesma vibração da Fonte, é Deus que respira.

Autor Carlos Morais

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