segunda-feira, 25 de maio de 2009
Recuso-me
Recuso-me a ser o que sou:
Sonhadora escondida entre sonhos
vazios que meu coração condena!
Sonhos acorrentados,
não ao meu ser Divino,
mas ao meu ego, ser abjeto
que me domina, me cala,
e faz-me fantoche em suas mãos!
Petrificada,
não conheço mais meu avesso.
Vivo de fantasias,
explodindo em emoções
que meu ego cria.
Sinto o alerta do Planeta Terra,
nas mazelas das nações
desesperadas, pedindo socorro...
E nada faço!
Ó, Pai, liberta-me de meu ego
que se faz senhor de minha mente,
de minha vontade!
Ó, Pai, vê em minha alma
o sentimento que dela se apossa,
ante o desejo de estender
minhas mãos ao próximo,
mesmo que, dentro de limitadas
possibilidades!
Faze-me desfraldar a bandeira
da Paz, maculada pelo sangue
de meninos soldados,
lavando de vermelho rubro,
tantos campos de batalha!
Faze minha voz proclamar o direito
da Liberdade, negada ao povo.
Abre meu coração
ao Amor Universal.
Faze com que eu conforte
os aflitos, e os desesperados!
Faze-me esquecer quem sou.
Retorna-me ao tempo
da inocência, tempo
em que eu sonhava bonito...
Faze esse antigo ser iluminado,
renascer das cinzas do passado,
encarar de frente a realidade,
e jamais retroceder um passo,
para não dar asas ao ego,
e não prevalecer sua vontade!
Quero esquecer quem fui!
Ser, que marginalizei, por ociosidade,
deixando-o prostrado
nas vielas escuras da vida,
onde sonhava às escondidas
de meu ego calculista, frio,
sem emoção, sem sentimentos,
sem nenhum sentido!
Despojada de minha força
e coragem, tornei-me desarmada,
senti-me fracassada,
ao não poder desvencilhar-me
dos grilhões
que me acorrentavam!
Olhos embaçados, fugidios,
olhos de não querer ver...
tornaram-me um ser indiferente
à maldade, à violência,
à fome, à sede, e às barbáries
que meus irmãos em Cristo,
vítimas inocentes de uma
cadeia de homens
que proclamam guerras,
e dominados pela ambição,
pelo vampirismo, violentam
nações, e crucificam o povo,
comandados por um simples
e patético deusinho de barro...
Chamado ego...!
Autora Iracema Zanetti,
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