terça-feira, 7 de julho de 2009

Êxtase



As vibrações se amam neste acariciar da palavra

que transporta o cheiro daqueles oásis

no deserto em que nos amávamos uma vez mais

até ao romper das emoções que transbordavam

do peito ofegante pelo amor feito à pressa e devagar

Ofegantes os corpos incendiavam as paixões

que nos devoravam o amor que não fizemos.



Em cada arremessar de vida que se solta

incandescente o fogo e a água se unem num só

e o ar parece fumegar de amor.

A terra num perpétuo movimento de amor

pelos que a ela se devotam

e mergulham para a servir,

não ousa calar as vozes daqueles corpos

que se unem em labaredas de ternura

e os elementos se confundem

E já não há divisão.



Na comunhão dos afectos

as rosas no coração se abrem

e as pétalas se unem num longo abraço

Falam da memória das vidas passadas,

jamais esquecidas, neste borbulhar quente,

as palavras sobram, os pensamentos se esvaem,

permanece aquele êxtase que nos envolve

e nos transporta nos tuneis do tempo

e num ápice há só o momento de agora.

Autor Carlos Morais

Nenhum comentário: